Numa qualquer manhã, virei-me para o oceano
Ele chamava simpaticamente sereno!
Dediquei-lhe algum tempo sem tempo, sem hora, sem termo,
E abracei-o, efusivamente!
Senti-lhe emoção no buliço das ondas,
que na sua imensidão se apresentavam agitadas e frias!
Habitado por mil espécies,
cumprimentou a afluência do rio!
Sorriu ao louvor que lhe foi atribuido
Gostou que o olhasse imenso!
Voltou a mostrar as ondas num ruido
Acalmou com sorrisos de insenso!
Por vezes louco, poderoso,
Tocou uma serenata com a tuna do vento
Que de norte assobiava novos acordes...
Resistiu-lhe quem o venera,
quem o observa num profundo olhar atento.
Vais um dia cansar, mar belo!
Voltarás a chamar quem te olha,
Oferecendo ondas calmas,
que delicadamente poisarás no areal para beijar os olhos de quem te observa!