Olho em redor e alcanço o horizonte
Lá ao longe há barcos de pesca em faina
Por aqui, apenas partilho o profundo esburacar do chão
Onde gentilmente poiso os pés e sinto a minha base de sustentação.
Ouve-se o vento a assobiar melodias dedicadas às gaivotas
Ouve-se a voz do mar, com ensinamentos oferecidos a quem por lá anda.
Dançam nas dunas as acácias, com tão belo sonar
Desenham-se bancos doirados, onde o amor vai morar
Desço as dunas luzidias, reflexo de um sol só meu
Ofereço os meus pés ao oceano, que me recebe com uma vénia gentil.
Poderoso, imenso, azul e amistoso, apaga os meus vestigios
Dá um novo brilho ao areal...e continua o seu trabalho, engolindo os seus grãos, em constante duelo de forças da natureza.
Que texto meigo, quase senti o voar das gaivotas a beira mar...é onde mais gosto de estar.
ResponderEliminarLindo texto.
beijos
Assim como o ar... eu preciso do mar.
ResponderEliminarÉ a ele que recorro quando preciso pensar, quando preciso refazer minhas forças e repor minhas energias.
Amo o mar, e amo vir aqui.
Querida e doce Luísa, este espaço é de extrema importância para mim, e sabes bem disso.
Obrigada pelas longas conversas e lições preciosas de vida, que me ofereces a cada dia.
Um imenso beijo no seu coração.
Como sempre tudo muito bonito por aqui.
ResponderEliminarSó passei para dar um abraço
No entardecer,
o sol dança com a chuva
e um arco-íris
no horizonte tinge...
Espera a lua surgir
e entre as nuvens
uma estrela luzir.
Depois, a terra sorri
quando na noite escura
o céu clareia...
Um véu de estrelas
abraça a lua cheia...
O poeta fecha os olhos
e sente o poema
correr em suas veias.
A lua deita no mar
e o sol, novamente
beija a areia.
(Sirlei L. Passolongo)
Texto de rara beleza...
ResponderEliminarDoce beijo
Estes meus visitantes, usam todos eles palavras lindas carregadas de meiguice...Ai!Como sabe bem ler-vos!Mas, não exagerem, vou acabar por me habituar mal!
ResponderEliminarContinuarei o bailado das palavras enquanto todos tiverem paciência para me ler.
Beijinhos com ternura,
Luísa
Minha querida amiga, não é preciso paciência para a ler, basta gostarmos do que escreve com tanta beleza e dedicação!
ResponderEliminarBeijinhos,
Ana Martins
Li devagar, vendo a cena. Os barcos... O vento ensinando cantigas às gaivotas...
ResponderEliminarSonho teu "onde o amor vai morar", tão bonito.
E, ao final, lembrei de um trecho do Pablo Neruda: o mar batendo na areia, não sossega, e repete... o seu trabalho, constante duelo (com licença para usar tuas palavras, que encaixam tão bem).
Abraços!