segunda-feira, 26 de novembro de 2012

em Série...licor

foto de João Costa
Adega Dos Ramalhos, Alandroal 29.setembro.2012 — em Alandroal, Evora
 
 
 
Das mãos do artesão,
Dos pés rodados e peritos na façanha,
Nasce com jeito o vaso em bilha!
Enquanto roda o torno,
do oleiro posto de trabalho,
passam os minutos do dia,
e as histórias silenciosas, sem calos nem tamanhos!
Nas cordas que lhe enlaçam o gargalo
apertam-se justos os pingos que escorrem...
Arte de conservar o nectar de Baco,
despido de parras ou vestes,
vestido de sabor e graduado tal licor!
 
 

4 comentários:

  1. escorrem as palavras pelo corpo do vaso onde os ébrios procuram esquecimento e os sonhadores instigação para se sentirem mais livres.

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  2. Não foi à primeira que DESCOBRI que eram talhas !
    Mas, a culpa não te pertença, Luísa !
    Uma vez mais , escreveste um belo texto, digno de figurar numa antologia sobre as Adegas do Alentejo !

    (Olha, aí está, um tema que muito me interessava fotografar se viesse uma encomenda ! ).

    Um beijo com aroma etílico.

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  3. adoro vinho tinto! nao vim antes te ver, nao me sentia bem hoje, muita dor nas costas e mto frio...mas agora depois de passar quasi o dia inteiro na cama, vim te dar um gde beijo e te dizer que como sempre tudo que escreve é nao somente bem mas mto intressante!

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  4. De licor te falo hoje
    de figo ou alfarroba do meu sul
    de quando era menina e fazia comerzinhos com pó de barro
    (faz de conta colorau)
    e os avós me diziam ternamente pra voltar


    hoje
    licor
    é em noite especial
    quando alguma coisa ainda falta
    para celebrar o nosso amor

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