segunda-feira, 14 de maio de 2012

Vielas sozinhas

foto de Luísa



Houve um encontro esperado com a natureza,
aquela que mora pra lá dos muros solheiros!
Uma rua silenciada pelo urbanismo que a isolou...
Janelas animadas com vasos que teimam em florir,
mesmo sem olhares que as reguem!
No meio do nada existiu vida,
sinais de ruralidade extrema onde o milho virou pó de farinha
e as mãos sovaram massa e fizeram a broa mais apetecível!
Aqui cantaram-se vindimas, puxaram-se carros de bois,
saíram cantaros de leite e molhos de grelos...
Ouviram-se rolamentos com chassis de pau,
Gargalhadas dos pequenos com bonecas de trapos,
e sinos furiosos que anunciavam o fogo na mata!
Por aqui viveu-se vida!
E a vida que lá restou, sente falta do tempo que passou...


6 comentários:

  1. Luisa querida, gostaria de morar nesta ruazinha!
    é linda con todas as suas lembranças...
    beijossssssssssssssssssss

    ResponderEliminar
  2. Sinais de uma ruralidade que se vai perdendo no tempo, mas não na alma de quem a soube e sabe.
    Adoro estes recantos que a desertificação a que estão a ser votados, nos vai roubando.

    Um beijo

    ResponderEliminar
  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  4. Uma paisagem bucólica que cheira cheiro de vida.Beleza!
    Abração.

    ResponderEliminar
  5. Tenho que descobrir o caminho para lá chegar !

    Considero que te dás por satisfeita pelo interesseque em mim provocaste...
    E levarei as tuas palavras para me servirem de guia !...

    Um beijo e parabéns também pela imagem !

    ResponderEliminar
  6. Luísa,
    fiquei com os olhos rasos.
    Há cada dois anos vou ter na aldeia do meu avô, lá no Cimo...
    Adoro estar lá. Preciso ir. Faço parte dela.
    E cada vez a encontro mais quieta.

    Você escreveu tão bem como é tudo por lá.
    ...
    Um beijo
    Li

    ResponderEliminar

Olhares de perto

Regresso em fuga

Cheirinho cor de rosa, num canteiro regado de saudades!