terça-feira, 7 de outubro de 2014

Sede...

foto de Luísa - Barragem de Queimadela - Fafe
Tenho sede!
Tenho sede de secar o olhar 
e beber da fonte do horizonte!
Tenho sede!
Tenho sede de molhar a leitura
numa página de pintura criada na ilusão!
Tenho sede!
Sede de criar, de partilhar a ideia do mundo girar em torno dos outros
e com eles fazer o globo brilhar...
Tenho sede de olhar para o infinito e mirar tudo o que lá encontro!
Tenho sede da lua,
sede da sombra do sol,
do apagão amarelado da trovoada
e do silêncio da paz!
Tenho sede criada pela água,
pela abundância desperdiçada do que é ter sede!

6 comentários:

  1. Tenho sede de molhar a leitura
    numa página de pintura criada na ilusão!
    Tenho sede!
    Luisa Vilaça..a muller de auga ...unha vez mais fálanos da esencia das cousas..das vidas que nos unen e tanto nos separan..e di que ten sede....
    Marabilloso poema-idea-auga

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  2. Comecei a ler o poema e vi uma pessoa sedenta de tudo, da vida, da sua essência, apanágio das pessoas insatisfeitas, por que elas querem chegar ao âmago da sua própria existência e da dos outros, O último parágrafo" Tenho sede criada pela água, pela abundância desperdiçada do que é ter sede", fez.me lembrar os acampamentos dos refugiados do Sudão e de outros países flagelados pela guerra. Lindo poema. SP

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  3. Além da sede também tenho fome.... Tenho falta de tanta coisa que não sei o que já tenho....mas esse poema está perfeito! Parabéns com ASAS

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  4. Tanta gente afogada a morrer:
    de sede de tudo o que tem
    de sede de tudo o que não tem.

    Melhor dito pela Luísa:
    "tenho sede criada pela água
    pela abundância desperdiçada..."

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  5. Sede...
    Esta noite tive sede ,sede de um beijo teu ,
    Beijo que eu desejo ,sede de um abraco ,dado no regaco sede da luz das estrelas que nos iluminam ,,,do sol que nos aquece,,esta noite tive sede de criar e partilhar a ideia do mundo

    do girar em nossa volta ,,,Do sol que e o mesmo sol,,,tive saudade de tudo


    De um beijo que eu desejo,
    Sede de um abraco,dado em meu regaco,
    Sede da tua sombra,sede de ver o sol girar ao teu encontro ,esta noite tive sede de tudo e de todos,,Da agua desperdicada da abundancia de que um dia faz falta ,

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  6. Sede de infinito...
    Quase parecia que estava a ler Florbela Espanca. Parabéns.

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